O Brexit vai mesmo derrubar os preços do chocolate?

Preço do cacau baixou, mas o leite e o açúcar ficam mais caros

A notícia de que a saída do Reino Unido da União Europeia teria consequências na indústria do cacau – mais especificamente, na queda do preço do produto – animou os chocólatras. É que com o referendo britânico, as cotações do dólar e do euro despencaram em muitos países, o que diminui os gastos dos produtores de cacau, que pagam a maior parte de suas contas em euro e dólar.

Mas, na prática, será que isso significa mesmo que o chocolate ficará mais barato? De acordo com Rommel Barion, presidente do Sincabima – Sindicato das Indústrias de Cacau e Balas, Massas Alimentícias e Biscoitos, de Doces e Conservas Alimentícias do Estado do Paraná, infelizmente, não. “Antes mesmo do Brexit já vínhamos sentindo a queda do preço do cacau, mas vale lembrar que ele não é o único ingrediente do chocolate”, explica Barion.

O preço do açúcar, por exemplo, avançou 14% ao longo do mês de junho, de acordo com dados do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O leite, por sua vez, ficou 60% mais caro no primeiro semestre. “Há vários fatores que influenciam o valor do produto final, por isso, a queda do valor do cacau por si só não deve baixar o preço do chocolate – pelo menos não por enquanto”, pondera o presidente do Sincabima.

 As vendas da guloseima caíram 2% no mundo por nove meses seguidos até maio, de acordo com a Barry Callebaut, maior processadora mundial de cacau. O mercado encolheu 1,2% na Europa, Oriente Médio e África; 3,3% nas Américas e 2,1% na Ásia.

Indústria paranaense

O Paraná  ocupa o terceiro lugar em potencial de consumo de chocolate dentre os estados brasileiros, de acordo com o IPC Maps 2016, estudo que avalia o potencial de consumo das famílias em todas as cidades e estados brasileiros. Já quando se fala em potencial de mercado, fica em quarto lugar, movimentando R$ 253,9 milhões.

           

Sincabima – Com 74 anos de atuação, o sindicato patronal tem como missão representar e orientar as empresas para o desenvolvimento e a sustentabilidade das indústrias paranaenses de base do ramo de cacau, balas, massas, biscoitos, doces e conservas. Considerado um dos mais representativos sindicatos do setor de alimentos, a entidade empresarial visa desenvolver ações proativas e inovadoras para o setor. Em todo o estado do Paraná, o sindicato reúne 900 companhias filiadas e 20 associadas, sendo presidida pelo diretor-fundador da empresa Barion, Rommel Barion.

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