Em pauta: documentação de qualidade e avaliação de fornecedores

O Sindicato das Indústrias de Cacau e Balas, Massas Alimentícias e Biscoitos, de Doces e Conservas Alimentícias do Estado do Paraná (Sincabima) realizou o treinamento “Documentação de qualidade e avaliação de fornecedores”. O evento ocorreu no último dia 16 de maio e foi conduzido pela engenheira de alimentos Ana Paula Correa Cheriegate.

“O principal objetivo foi apresentar modelos de documentação das diversas áreas da qualidade, manual de boas práticas, POP’s, especificações técnicas e Plano APPCC, seguindo as legislações pertinentes. Também abordamos conteúdo sobre avaliação de fornecedores, dentre eles auditoria e checklist”, conta Ana Paula.

Ela ainda explica que para atender as exigências de qualidade, as indústrias de alimentos possuem várias legislações obrigatórias a seguir. “São muitas exigências de qualidade a serem atendidas. No final das contas, os gestores da área de Qualidade das empresas destinam parte de seu tempo só para atender aos requisitos regulamentares e de clientes. Esses requisitos precisam ser organizados e documentados, para que a empresa não se perca no meio do caminho”, pontua.

A engenheira ainda dá algumas dicas para que as empresas se organizem em relação à documentação, uma grande aliada para manter um sistema de qualidade e segurança de alimentos. Segue abaixo:

1- Faça uma lista das legislações do seu setor

Mantenha uma listagem com todas as legislações que regem o seu setor de alimentos. A Anvisa possui um website que contém uma listagem com as legislações para cada setor, inclusive para área de embalagens (http://portal.anvisa.gov.br/). Faça o download dessas legislações e as mantenha atualizadas. Se sua empresa for regida pelo MAPA, você também pode ser acesso aos documentos no website:  http://www.agricultura.gov.br.

2 – Providencie os procedimentos exigidos pelos órgãos regulatórios: MAPA e Anvisa

Toda indústria alimentícia precisa ter um Manual de Boas Práticas e os documentos operacionais básicos, que podem ser chamados de POP (Anvisa) ou PPHO (MAPA). Eles precisam estar atualizados e disponíveis para uso e consulta na empresa, e devem ser um retrato da realidade de cada organização. As indústrias também devem identificar todos os perigos provenientes das matérias-primas e processo, e estabelecer medidas para controlá-los. Há uma metodologia chamada APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, que deve ser usada para avaliar perigos químicos, físicos e microbiológicos e identificar todas as medidas de controle necessárias para reduzi-los os eliminá-los do processo. Assim, a empresa pode garantir um produto seguro ao consumidor.

3 – Mantenha registro das atividades executadas

As atividades descritas nos procedimentos precisam ser executadas e registradas. Esse registro deve ser realizado logo após o término das atividades. Ele representa uma evidência de que a atividade foi realmente realizada. Pode servir de consulta interna ou externa, e como fonte para implementar as melhorias nos processos internos da empresa.

4 – Mantenha seu processo rastreável

A rastreabilidade do seu processo é uma exigência da legislação. É uma atividade que exige registro contínuo de tudo que aconteceu antes, durante e depois do processamento dos produtos, e deve incluir todas as matérias-primas, ingredientes e embalagens que compõe o produto, além de indicar as intervenções de limpeza e manutenções que aconteceram durante o processo do mesmo. Isso ajuda a reconhecer, atuar nas falhas e agir na correção dos problemas e, claro, na melhoria dos processos. Além disso, garante confiança à empresa, tanto por parte dos funcionários quanto por parte dos consumidores.

5 – Verifique seu processo

As auditorias são um instrumento importante de verificação de que um sistema de qualidade está funcionando. Ela conta com um planejamento prévio e auditores preparados para verificar se os processos executados estão funcionando conforme seus documentos e legislações do setor. Avaliar seu próprio processo, assim como as auditorias internas fazem, é uma grande fonte de informações necessárias para agir antes dos problemas acontecerem, medir a qualidade de como seus processos estão sendo executados e implementar as melhorias necessárias. Os clientes também podem auditar seus fornecedores para verificar se os produtos estão sendo produzidos com qualidade. Assim, serão diminuídas as falhas no processo, devoluções e perdas de produto.

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